A experiência de organizar o TEDxPortoAlegre

Como o nome aí em cima já diz, este é um blog coletivo e, portanto, colaborativo. Nada mais justo, então, do que abrir espaço para Dani Miranda (não sabe quem é? Deixe de ser preguiçoso e leia nossa página Realização!). O texto abaixo coloca em palavras os sentimentos de cada membro da equipe organizadora do TEDxPortoAlegre e possibilita compartilhar isso com todo mundo. Fique então com

 


A experiência de organizar o TEDxPortoAlegre


O que sai de um grupo que reúne publicitários, empresária, cineasta, RP, engenheiro, jornalista, o cara da TI? Confusão? Também. Mas, acreditem, sai um TEDxPortoAlegre. Sai ainda aprendizado, um super exercício diário de colaboração e convivência e uma dose alta de palhaçada, porque só tem doidos nessa equipe.

 

Foi por causa de uma tuitada do @godoymazah, um desses doidos organizadores do evento, que me motivei a escrever esse post. Ele comentou esses dias o quanto estava realizado produzindo o evento e disse que participar dessa organização estava sendo um ‘puta desafio’. Concordo integralmente. Não é fácil subverter a esquematização tradicional das relações de produção. Trabalhar com um time de voluntários, sem chefe, sem cartão pra bater o ponto, sem cargos ou um ‘dono’ do negócio, pode parecer o sonho de todo mundo, mas não é tão simples. Ao mesmo tempo, que baita experiência!

 

É muito rico vivenciar isso e sentir que estamos participando de um processo que é muito maior. Organizar voluntariamente o TEDxPortoAlegre, com pessoas com habilidades, características e pre[e re]ferências tão diferentes, está servindo para comprovar na prática que é possível, sim, formas menos unidirecionais de aprendizado, relações de trabalho e de convivência. A experiência da colaboração nos aproxima da alteridade e do outro como possibilidade. Ajuda a despirmos a alma, nós que, citando um verso do Pessoa, a trazemos sempre tão vestida.

 

Dividir demandas sem um chefe cobrando exige confiança e comprometimento. Exige liberar-se de pré-conceitos e humildade para aprender com o colega. É cooperação virando conexão. E conectar-se com o outro nos liberta para processos de percepção novos, para inovação nas formas de produção e negócios. A nossa organização, pra mim, é a prova de que essa mudança de paradigma pode dar certo e de que a diversidade em ambientes corporativos gera abundância e complementaridade [empresas do mundo: atenção!].

 

É evidente que sou suspeita pra falar tudo isso, mas essa é uma reflexão que vem me acompanhando durante os últimos meses. Sim, já são alguns meses de dedicação, muitos encontros, reuniões, algumas brigas, infinitos e-mails. Em alguns momentos, pareceu que não ia dar certo. Mas, além do nosso entusiasmo pelo TED e do desejo de trazer essa experiência para Porto Alegre, tínhamos algo mais em comum: a capacidade da loucura, que – já disse o Eduardo Galeano – é o sintoma infalível da boa saúde. Pois, loucos que somos, a gente insistiu. E, no dia 13 de novembro, você vai poder conferir o resultado disso tudo e nos ajudar a espalhar boas idéias. Nós já estamos orgulhosos.

 

PS: Nas entrelinhas deste texto, o meu agradecimento gigantesco a cada um dos colegas dessa equipe de organizadores apaixonados pelo TEDxPortoAlegre. Vocês me inspiram.

 

Danielle Miranda é sentimental e se encanta com a beleza do trabalho colaborativo.


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